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Convenções Sociais
Não há como falar sobre "toque de recolher" para menores de idade sem ao menos relacioná-lo com a maioridade penal, e as polêmicas sobre sua possível redução. A maturidade psicológica humana, dadas as atuais circunstâncias, não é mais a de 18 anos de idade. Não há como negar esse fato. O número de assaltos e homicídios praticados por menores de idade é cada vez maior, e estes não respondem por seus atos. Maior incoerência não há.
No entanto, o governo encontrou uma nova medida de reduzir o número de crimes cometidos por menores, limitando a liberdade de todos eles. Neste pensamento, qualquer menor agora é apto a realizar crimes, mas isso não significa maturidade para encarar suas próprias ações. Um pensamento bastante plausível, se a sociedade vivesse nos moldes de uma ideologia preconceituosa e generalizadora.
O problema maior é a disputa pelos direitos naturais e imprescritíveis de cada cidadão. O governo é instituído para garantir ao homem o gozo desses direitos, e um deles é o da segurança. Contudo, da mesma forma que cada indivíduo de uma sociedade tem o direito a uma segurança eficaz e pacificadora, também tem o direito da liberdade, seja ela de opinião, de cultura, ou de circulação pelos meios públicos. Não exitem direitos com maior importância aos outros.
A partir desse ponto, podemos discutir sobre a maneira mais efetiva de preservar ambos os direitos, sem ferir qualquer outro, e ainda assim elevar o padrão de nossa segurança. Seria a redução da maioridade penal uma escolha ruim? Não. A própria sociedade e os próprios jovens vêm mostrando que a maturidade psicológica para acarretar totalmente com seus atos, sejam eles puníveis ou não, já tem uma menor idade. Afinal, esta também é uma convenção social, e pode ser modificada.
Gabriel Vivan
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