11 junho 2011

Biocombustíveis: a solução ecologicamente correta

O assunto vem à tona de maneira repentina a partir do século XXI. Mas seria essa corrida algo tão recente quanto pensamos? Não, mas só não ganhou notabilidade e credibilidade devido a um relativo fracasso comercial e publicitário em relação aos carros à álcool, que realmente não eram vantajosos como os que existem atualmente.

O primeiro carro com motor movido somente à álcool surgiu em 1978, como uma reação à crise do petróleo em 1973, e ganhou ênfase em 1979. Porém, esses carros somente funcionavam com este novo combustível, o que limitou o crescimento deste setor automobilístico, com poucas vendas, pouco lucro, e logo, pouco empenho governamental, apesar do grande programa "Pró-Álcool", na fabricação do álcool combustível, posteriormente (ou melhor, muito recentemente), chamado de etanol.

Este ramo da tecnologia "verde" ganhou força quando o primeiro carro "FLEX" foi lançado, em 2003, pela Volkswagen. A partir daí, os carros à álcool tornaram-se bastante atraentes economica e ecologicamente, influenciando toda uma nova geração de veículos, tanto no Brasil, como posteriormente no mundo.

Mas afinal, o que seriam os biocombustíveis?

Esquema sobre biocombustíveis
Como complementa a imagem, biocombustível é todo combustível de origem não fóssil, ou seja, é produzido a partir de compostos orgânicos (biomassa), como cana-de-açúcar, milho, soja, mandioca, e há estudos para sua produção a partir de gramíneas. E o seu ideal de reaproveitamento, ou redução de poluição, é que o gás carbônico liberado tem parte reutilizada pelas plantas para a fotossíntese, e sua liberação é realmente menor se comparada aos combustíveis fósseis.

Certo, esse novo tipo de combustível ganha seu espaço no Brasil, e então passa a ser visto com bons olhos pelos EUA e também pela Europa, que começam a investir capital em modernas tecnologias para sua produção. Isso pôde ser visto nos últimos meses em manchetes como:

"EUA buscam maior abertura para negócios no Brasil"
"Obama chega de olho em potencial energético do Brasil"
"BP faz acordo para comprar 83% de produtora de etanol"

Apesar de serem boas estas notícias para o mercado econômico e político brasileiro, o etanol sendo "multinacionalizado" acaba trazendo ao governo a escolha de prioridades, causando um aumento do preço dos combustíveis em geral, (apesar de serem vastas as causas para este aumento), e assim, abrindo o mercado interno.

Logo, as pesquisas pela descoberta de novos biocombustíveis acabam se tornando importantíssimas, e mais destacadas, sendo constantemente mostradas em grandes eventos mundiais. Por fim, podemos dar destaque aos novos carros "ecologicamente corretos": elétricos, solares, à gás natural e muitos outros que vêm ganhando seu espaço, assim como o flex ganhou o seu.

E agora vem o que todos pensam: seriam os impactos dessa corrida bons para o Brasil? Bem, se não forem analisados e tomados à brasileira pelo governo, sim, podem ser muito bons, assim como o etanol o foi.

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