De qualquer forma, também presto essa devida homenagem, mas não pretendo descrever como ocorreu os sequestros dos 4 aviões, nem sobre a reação do governo americano ao tentar derrubar o 4º avião destinado à Casa Branca, ou ainda a emocionante história heroica dos passageiros deste último voo... Para esses fatos, deixo dois links para quem quiser esses fatos detalhadamente e muito bem escritos: o primeiro é o "Especial 10 anos do 11 de setembro", do nosso blog parceiro omundonumblog, e o segundo é para o infográfico interativo do site G1 ao fim da página.
Mas ainda é necessário um post relembrando os acontecimentos não só desta data específica, mas de toda a década modificada devido a este único momento. Assim, quero trazer a relação entre o que mudou e o que pode mudar, e se a superação deste atentado é mesmo possível, principalmente por parte dos americanos.
O memorial do 11 de setembro é a memória mais viva que podemos ter desta data trágica. Ele e sua árvore, que foi a única coisa viva que sobreviveu à queda das duas torres, no ponto zero (ground zero). Os dois hoje estão juntos, e foram inaugurados exatamente 10 anos após o primeiro choque da aeronave sequestrada.
Agora, precisamos ver como o governo e o povo americano "superaram" esta data. Assim, podemos dizer seguramente que os EUA não temem um novo ataque? Após a morte de Osama Bin Laden, essa possibilidade ficou mais iminente? Ou ainda, o preconceito existente contra muçulmanos em solo americano está próximo de um fim ou drástica redução?
Bem, podemos dizer com certeza que a segurança em relação a possibilidades de atentados terroristas, nos EUA, melhorou muito em comparação a 2002 por exemplo. Logicamente há de se temer algo que já ocorreu, com o intuito de evitar possíveis repetições, porém isso foi extremamente exagerado em seu começo, e apesar de já terem melhorado em vários aspectos, ainda é possível ver tal cautela em fatos como o presidente Obama e Michelle, e o ex-presidente Bush e sua mulher terem ficado atrás de vidro à prova de balas durante o evento de inauguração do memorial, hoje.
Outra coisa que pudemos notar, mais cotidianamente, foram as mudanças em viagens aéreas, e principalmente com destino aos EUA. Uma delas foram as modificações que dificultaram a retirada do "visto" para um brasileiro pisar em solo americano, por exemplo, ou ainda a proibição de se visitarem os "cockpits" dos aviões durante qualquer voo.
Tudo isso faz parte de uma política adotada pelo governo Bush após o atentado, e parcialmente concluída com a operação "Morte de Osama" (veja Um Novo Marco), chamada popularmente de Guerra ao terror (War on Terror), que fará parte de um futuro e exclusivo post.
Tal doutrina afetou grande parte da população americana, principalmente no fato do preconceito ao muçulmano. Antes dos atentados, foram registrados 28 crimes de ódio ao muçulmano pelo Departamento de Justiça americano, e em 2001, 481. Com o passar dos anos tal número foi diminuindo, mas ainda é possível identificar práticas deste gênero, sendo que 4 em cada 10 pessoas nos EUA admitem ter um pouco de preconceito contra muçulmanos, mesmo sabendo que 92% dos que vivem nos EUA não tem simpatia pela rede al-Qaeda. (g1.globo.com)
Do mesmo modo, como toda prática, há uma ação e reação. E neste caso, ficamos com a angustiante espera de um possível novo 11 de setembro, desde seu anúncio pelo novo chefe da rede terrorista islâmica. E para aumentar tal efeito, a página da Casa Branca no Facebook recebeu ameaças hoje, como: "we'll come back soon..." (nós voltaremos em breve). Verídicas ou não, são suficientemente concretas para que essa guerra continue.
Site mostra ameaças à Casa Branca |
Assim, por mais que os americanos mostrem que possam se reconstruir, e voltarem próximos a onde estavam, as cinzas e destroços dessa amarga lembrança não serão lavadas nunca. Sejam elas físicas, emocionais ou ainda comportamentais. Os impactos do The 09/11 foram eternizados no mesmo instante em que as torres se uniram ao chão.
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