18 abril 2011
Crônicas
Nada melhor para retratar o cotidiano do que escrever crônicas, que serão regularmente publicadas, e todas de nossa autoria. Todos os personagens descritos nelas serão fictícios.
Executivo aéreo
Estava mais uma vez indo a São Paulo à negócios, por isso, o avião era o meio mais prático e eficiente de se chegar... atrasado. É o que todos dizem quando vão voar, ou perdem algum voo. Nada que fuja à realidade, mas de qualquer forma, o avião é realmente o meio mais cômodo e tranquilo para uma viagem de tal gênero. Londrina é realmente boa no aspecto de cidade aspirando crescimento, e não tem aquele fervor comum a todos no dia-a-dia paulistano, então aqui podemos sair com 1h de antecedência ao voo que não o perdemos.
Olhei para o céu, bastante nublado, e já fiquei preocupado... O único problema de ser um aeroporto menor é a falta de equipamentos necessários para pousos e decolagens com mau tempo. Chamei os novos taxis vermelhinhos, padronizados por charme, e o taxista só pela minha expressão facial e a preocupação com o céu já adivinhou meu destino.
No percurso, ouvi aquela conversa que ele deve ter com todo passageiro que irá voar num dia de chuva: "Esse aeroporto parece mais é rodoviária! Nunca vi um negócio desses... faz 20 anos que trabalho pro aeroporto e desde que comecei ficam prometendo ILS. Isso não vai sair nunca!" E como sempre, concordo, digo que é absurdo, e a corrida até que acaba logo. Então vejo seu sorriso de saber que terá novos passageiros, já que o voo anterior foi cancelado.
Graças ao cancelamento surge em todo o saguão uma reviravolta tão comum que os funcionários da companhia, antes de soltarem o "CANCELADO", já se preparam psicologicamente para as reclamações dos passageiros que acham que Seu Pedro não pode ter nada a ver com o cancelamento. Aí sobem para o terraço, olham para pista, e falam: "Ahh... dá pra pousar sim, eles cancelaram porque... porque... ahh cancelaram de bobeira". Então está explicado.
Bom, só sei que na uma hora que fiquei observando a cena, o tempo abriu e meu avião pousou, evitando assim um tumulto ainda maior no nosso enorme saguão. E após um voo bastante calmo, avistei a Grande São Paulo, ou melhor, seus congestionamentos, bastante visíveis de Congonhas. Ao sair do avião, respirei aquele ar puro e natural paulistano, e me recordei com bastante alegria do meu dia de volta.
Gabriel Vivan
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o pior eh que essas coisas, o que a cronica relata , acotecem mesmo , otima contextualização!
ResponderExcluirA crônica ficou muito boa, e a crítica nela também :-) Só achei que falar ar puro e natural PAULISTANO foi forçar um pouco hahahahahaha
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