Tive uma ideia perfeita para a viagem do feriadão da páscoa e Tiradentes. Todo paulistano vai sair o mais cedo possível após o trabalho, e vai pegar aquele típico movimento de véspera de feriado... menos eu. Vou descansar quando chegar em casa, e pegar o carro só lá pelas duas da manhã. Assim, além de evitar o “rush” de São Paulo, vou pegar as rodovias mais tranquilas. Mas que ótima ideia a minha, só não sabia que metade do pessoal também iria pensar assim. Levei duas horas para chegar em São Bernardo, fora o medo de presenciar aqueles arrastões que nunca pensamos que vamos ser figurantes.
Chegando na bifurcação “Anchieta ou Imigrantes” bate a dúvida, mas logo raciocino melhor e decido: “Vai estar tudo igual, e sendo assim, a Imigrantes é bem melhor.” Acho que foi a única decisão sensata dessa viagem, porque quando saía dos túneis olhava pra Anchieta lá do outro lado e verificava a mesma realidade. Considerando 100km percorridos entre origem e destino, 4 horas significaram algo bastante tedioso e irritante.
Eu nem pensei em dormir quando cheguei na casa que tinha alugado, olhei para aquele colchão que na foto parece um “King Size”, mas na verdade é mofado e muito mole, e perdi completamente o sono. Além disso, chegaria cedo na praia e conseguiria um lugar que pudesse ver o mar. Peguei meu pequeno guarda-sol e uma cadeira de praia, aquele isopor típico de todo brasileiro, e fui para a batalha.
A praia estava um beleza, o sol nascendo, alguns poucos loucos como eu, e o que mais queria ver: o mar. Montei acampamento a uns 20 metros da água e lá adormeci. Só acordei com o maravilhoso cheiro do “choripan”, aquela chapa encrostada de gordura e areia e... Meu Deus! O que fazem esses 50 guarda-sóis na minha frente? Eram só vinte metros pro mar, com visão livre e espaço em volta, mas agora nem consigo ver o mar e tem varetas do guarda-sol do lado cutucando minha orelha. Eu vou embora daqui.
E foi assim que não peguei movimento algum na viagem de volta.
Gabriel Vivan
Praia do Guarujá, hoje (23/04) |
Obrigado por visitar meu blog!!
ResponderExcluirE quanto ao RJ...Tem como não sentir saudade?!
Grande abraço!!! Vivan
Por essas e outras, acho que morar no estado de São Paulo deve ser um caos. Sou muito mais morar no meu bairro semi-favela e curtir o feriado no aconchego do lar, riairairai
ResponderExcluirBoa crônica, caro Vivon