14 maio 2011

Catástrofes climáticas

O ponto comum entre as catástrofes naturais que ocorrem nas diversas partes do mundo é a devastação das áreas atingidas e o sofrimento das vítimas. No entanto, causas e reações das populações e dos países são diferentes.

Neste início de ano, o Rio de Janeiro sofreu com inundações, deslizamentos de encostas e o número de mortos foi assustador – cerca de 800 e incontáveis desabrigados e desaparecidos.

Chuvas em níveis acima do previsto foram a causa primeira da tragédia, porém, se o estado tivesse um planejamento de urbanização e o o serviço de Defesa Civil fosse mais bem preparado, acredita-se que as consequências não seriam tão desoladoras: as moradias não seriam construídas em áreas de risco, as populações seriam alertadas sobre a possibilidade de inundações e poderiam refugiar-se em lugares seguros.
Várias regiões dos Estados Unidos, agora em fins de abril, foram atingidas por tornados.
A devastação foi grande, cidades destruídas, desabrigados e mortes em grande número foram as conseqüências.

A grande diferença entre os dois desastres é que no caso das inundações, poderia ter havido uma previsão, e os habitantes das áreas atingidas poderiam ter sido alertados. Chuvas raramente acontecem de súbito, são esperadas em épocas determinadas do ano. As condições de risco das moradias de encostas e regiões ribeirinhas também são do conhecimento dos órgãos públicos o que nesse caso falta para reduzir a dimensão dos estragos é um serviço eficiente de previsão e alerta por parte da Defesa Civil.

Segundo informações do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura - Campinas), a previsão do surgimento de um tornado só pode ser feita, em muitas situações, com apenas 15 minutos de antecedência. Essa pequena margem de tempo talvez seja a causa principal dos prejuízos que esse tipo de tempestade provoca nos Estados Unidos, só minimizados pela rapidez com que os mecanismos de alerta e socorro agem.

No Brasil, após uma catástrofe, é comum a demora nos trabalhos de reconstrução das áreas destruídas até mesmo por problemas burocráticos de liberação de verbas. Em países de primeiro mundo vê-se coisa muito diferene. Só para dar um exemplo: no Japão 6 dias depois do terremoto de 11 de março, uma estrada que liga Toquio à Naka, província de Ibaraki, já tinha sido reconstruída. Com relação à previsão e alerta, o que acontceu neste começo de ano na Austrália também nos causa inveja: até por torpedo de celular o serviço de meteorolgia e a Defesa Civil daquele país alertaram os habitantes sobre o risco de inundações e, embora tenha havido um grande número de desabrigados, contaram-se apenas 32 mortes em dois meses de alagamento. Número muio inferior ao das vítimas das inundações no Rio de Janeiro, aproximadamente 800, como já dissemos

O Brasil é um país que caminha para figurar entre os mais desenvolvidos do mundo, sem dúvida! O que falta para o povo não sofrer tanto com problemas como esses?

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